sexta-feira, 17 de abril de 2015

"O AMANTE INVENTADO" - Soares Teixeira





no rasto sem destino de uma cauda de pavão
ia o olhar das ruas por ela enamoradas

caminhava como se todo o corpo fosse a ebriedade
que as luzes da noite procuravam

de todas essas luzes as mais intensas eram os desejos
de todos esses desejos o mais intenso o do amante inventado

por ele que jamais chegaria caminhava para eles
os mesmo de sempre iguais diferentes só na anatomia

não se sentia infeliz porque quando era possuída possuía
ela era a posse mas para ter esse poder tinha de se fazer desejar

pelo amante inventado
o que lhe dava o maior sustento alento para sobreviver


Soares Teixeira – 17-04-2015
(© todos os direitos reservados)

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