O sol é um fruto
e eu
estendido no convés do veleiro
braços entregues
às sílabas do descanso
pernas abertas em compasso
de geómetra de si mesmo
sou oferenda
que se entrega
ao azul de luz em grito
nenhuma palavra em mim
apenas contemplo
e sou templo
consagrado à grande árvore
com seiva de infinito
sobre as ondas
vou
como vértice que ondula
por bagagem
levo o olhar
e o navio
que é íntimo da viagem
Soares Teixeira – 29-04-2015
(© todos os direitos reservados)
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