quinta-feira, 9 de abril de 2015

"ÉBRIOS" - Soares Teixeira





Num puro divagar de vento
lentamente navego os dedos
nos teus cabelos
a flutuar na minha retina

há uma calma que se liberta
do sono da lua
porque nela somos pálpebra pesada
apetece parar o veleiro e dormir

mas não
estamos ébrios demais
para deixar de beber realidade
ébrios demais mas não o bastante

nunca



Soares Teixeira – 09-04-2015
(© todos os direitos reservados)

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