TODOS
vemos proas que são horizonte,
e de frente
vemos pêssegos de esperança.
Das mãos nasce-lhes poesia
enlaçada com múltiplas ferramentas
reparamos que os seus ombros são pombas,
se nos detivermos um pouco
sentimos nos seus peitos o crescer de vinhas,
se pronunciarmos os seus nomes
diremos terra e céu e chuva e oceano
Se uma rua de pensamento nos convidar
entremos, respeitosamente,
ao fundo está uma coluna
e nela gravada uma palavra
com a luz dos seus corações palpitantes
e a palavra é: TODOS