Há um azul num desejo de espaços
e uma luz sem sono
num instante sempre inicial
há uma intimidade suspensa
e um céu sempre aberto
numa ilha dentro de mim
E há esta unidade
este ser igual
aos mistérios onde fui gerado
e esta inquietação
este estar no pensamento
como se nele florescesse todo o além
E tudo isto acontece
enquanto observo um comboio
dentro dum tempo distante
comboio onde da minha janela
eu via feliz o mundo passar
comboio que me deixou aquém
Soares Teixeira – 10-03-2015
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