Ao fundo
um rio
com duas margens
sou eu
se gostava de ser adivinho
para adivinhar nascentes e estuários
não!
para quê?
todos os meus presentes
são os meus contrários
bebo dos instantes
que me bebem
basta-me isso
para passar entre as rochas
com peixes no peito
e luar espelhado
na minha superfície
de sonho liquefeito
Soares Teixeira – 17-03-2015
(© todos os direitos reservados)
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