Demorar a rosa
no silêncio do corpo
que em rio
a recebe
deslizar com a flor
ser cisne
no fresco incêndio
da pele
ir
do alvoroço
ao beijo leve
e de novo
à ardente altitude
da cascata
gravitar dentro da posse
que é possuir
e entregar
Tudo o resto
árido
só nós
jardim do prodígio
a beber feliz
a chuva do amor
Soares Teixeira – 31-03-2015
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