Olhámo-nos como
astrolábios
e fomos em
beijo o mel da chama
e hoje, ainda
claridade sem fronteiras
continuamos um
no outro vento vivo
a tua sede de
abelhas em fogo
puxa pelas mãos
com que atravesso
a distância que
não nos separa
a minha
garganta a ondular na luz inaugural
habita o grito
de em ti ser galope
de cavalo vermelho
sobre o mar
como
astrolábios olhamo-nos
ainda tão na
proa de nós mesmos
e recordar aqueles
que um dia fomos
é beber do
vinho da nudez onde nos baptizámos
Soares Teixeira – 19-02-2015
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