Cada segundo
nosso
é tempo
recém-nascido
dum navio onde
somos proa
ao longe
grandes sílabas
solitárias
mexem as suas mandíbulas
de ouro
num lento soltar
de sons
que se misturam
com aqueles que
saem
dos ombros das
ondas
ao roçar na
claridade dos espaços
cla ri
da de
dos
es pa
ços
a imensidade
descansa
sobre a nossa
junção de argilas
num único corpo
todas as torres
do mundo
por nossa causa
caminham
na mesma
direcção
num pesado balanço
que as faz
parecer quase ébrias
lá vão elas,
contentes
dirigem-se para
o sagrado lugar
onde três grandes
sílabas se juntaram
para com as
suas mandíbulas de ouro
fazerem ecoar
até aos nossos lábios
esta unidade na
carne em flor
amo-te
Soares Teixeira – 11-02-2015
(© todos os direitos reservados)
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