Ai o prazer de acordar num poema
e estender os pés sem dar pelo
fim do lençol da palavra
e estender os braços e as mãos e
sentir os astros
e estender o olhar como quem
regressa à luz
depois calçar os chinelos do
espanto
caminhar no quarto encantado até
junto da grande janela
feita de cisnes, nuvens e
pulsação de ânforas mágicas
abri-la, com um sorriso, aos
ventos de todas as cores
e ficar a sós com a areia da
praia
e construir castelos à beira mar
e convidar as sereias para neles
morar
Soares Teixeira –18-06-2016
(© todos os direitos reservados)
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