Sem peso no sol
do ser
é bom
dizer adeus às
esquinas
e ao fogo
que não se sabe
deslumbrar
é bom
respirar a emoção
da iminente
viagem
e depois sentir
as cores do
percurso
libertas por
alguém
que quer inundar
outro corpo
como céu
que se estende
para romãs no além
é bom
e é bom o mel
de retribuir
sem instante e
só instinto
cintilantes
somos
e é bom ser
frenesim de magia
luz de sangue
liberto
verdejante
volúpia
aquática dança
de peixes em sede
liquefeita
é bom erguer
aos astros
as puras taças
que somos
de matéria por
descobrir
de formas por
inventar
de alvoroço de
início
onde nenhuma
argila
é ignorada
é bom brindar
à insónia do
desejo
sem muros na
fantasia
Soares Teixeira – 10-12-2014
(© todos os direitos reservados)
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