Creio
que nunca vês
as asas
nas minhas costas
quando escreves
o meu nome
na forma como
danças
dentro das
palavras
de onde me chamas
vem
amo-te
e eu
colibri de fogo
vou
rápido
porque menos
que isso
seria
insuportável lentidão
mas hoje
não sei porquê
talvez
por me sentir
ânfora a
derramar vinho lunar
sou lenta brasa
na intimidade
dos mitos
e
touros sagrados
véus
enfeitiçados
navios
enamorados
rodeiam-me
envolvem-me
com coisas de
mistério
e
embriagado de
uma nova respiração
sou
de braços
abertos
vagar
a rodar no meu
eixo de desejo
hoje
em mim a revelação
hoje
próximo da
chuva
que ainda não
desceu do sono
asas beijam
o sorriso onde
danças
de admiração
Soares Teixeira – 02-12-2014
(© todos os direitos reservados)
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