Na ardósia do olhar
deixar que o sol escreva azul
e viver a palavra
e nela ser
a gaivota que escreve o poema
lido pelo desejo de ombros nus
depois ir
como rio que se desprende do
leito
e consigo leva secretos peixes
nascidos antes das estrelas
ir
como navio de mãos
que afasta os lírios das
distâncias
ir
como quem respira os instantes
com a certeza que chegar
é estar prestes a partir
Soares Teixeira – 09-08-2014
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