Sigo o caminho das cigarras
nada detém os pássaros
que voam dentro das minhas veiasnem os rios que correm
das minhas pálpebras
Não sou um sonho
mas também não sou real
vou poisando nos segundos
como um pardal
íntimo das abóbadas do riso
dos ombros da luze da noite que escuta o desconhecido
Quando não estou num galho de tempo
desenho céus marinhos
em paisagens que ganho à claridade
Sigo o caminho das cigarras
levo no peito
a volúpia da liberdade
Soares Teixeira – 09-03-2014
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