Canto VI
Terminada a narrativa de Vasco da Gama ao Rei de Melinde,
bem como os festejos que este oferece em honra dos portugueses, a armada,
guiada por um piloto disponibilizado pelo Rei de Melinde, prossegue a viagem,
rumo a Calecute. Baco, furioso com os sucessos da frota lusa, vai pedir ajuda a
Neptuno. Os deuses marinhos (ao contrário dos deuses olímpicos) manifestam-se
contra a armada e ordenam a Éolo que solte os ventos para a afundar.
Entretanto, os marinheiros de vigia conversam despreocupadamente e pedem a Veloso
para lhes contar uma história. Este conta-lhes a história dos Doze de
Inglaterra. Surge uma violentíssima tempestade por intermédio dos deuses
marinhos. Prece de Vasco da Gama à Divina Guarda. Vénus, alarmada e irada, vai
de novo em socorro dos portugueses enviando as ninfas para seduzirem os ventos,
acalmando-os, protegendo assim a frota. A tempestade passa. Vasco da Gama
ajoelha e agradece a Deus. A frota avista Calecute. O canto acaba com Camões a
tecer considerações sobre o muito que vale a fama e a glória quando conseguidas
através dos grandes feitos, e a criticar aqueles que buscam fama, glória e
fortuna recorrendo a intrigas e valendo-se dos favores de quem tem poder.
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