Tantas vezes
uma dor de braços ao segurar o telhado do quotidiano
mas é preciso continuar;
ser amável, sorrir
dizer coisas mais ou menos leves
ir com o vento até junto dos pássaros
e brincar com eles
acenar ao Sol com chapéu de nuvem
libertar um galo no silêncio
e um palhaço num verbo de olhar triste
continuar
lançar os dados para o além-lágrima
não deixar que a imensa pedra
se torne insustentável aos músculos dos dias
tantas vezes
a dor de resistir
Soares Teixeira – 06-02-2017
(© todos os direitos reservados)
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