O meu corpo é um copo
com superfície de rio
bebo-me
sílaba a sílaba
minuto a minuto
bebo também
a voz dos girassóis
as ruas traçadas nos troncos das árvores
os comboios que invento
o céu futuro que me pede um gesto
e enquanto bebo
como fatias de horizonte barradas a Sol
Soares Teixeira – 04-02-2017
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