Há coisas mínimas
que valem
porque são máximas
há coisas insignificantes
que valem
porque nos contemplam
tão profundamente
que ignorá-las
seria o mesmo
que ignorar o peito
Sentir na gota de orvalho
o eixo do instante
descobrir na formiga
a fórmula do saber olhar
receber de uma flor
o jardim do horizonte
isso sim
é ser alma com raíz no corpo
é, mesmo ficando, ir
e assim, nunca permanecer
antes crescer
ser caule de astro
acariciar o rosto do sol
e beijar a face
da vida que nos aconteceu
da vida que nos aconteceu
Soares Teixeira – 09-05-2016
(© todos os direitos reservados)
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