(Foto: In "Le monde en noir...", s/ identificação de autor)
Somos
dois dedos
abraçados
sem sabermos
qual o meu
qual o teu
dois dedos
como dois
pescoços de cisnes
enlaçados
e o grande prodígio
do instante
é que tudo à
nossa volta é mar
e nos convida a
ir
rumo à primeira
respiração
dos humanos vulcões
e em seguida
a bebermos
da inesgotável
fonte
onde os anjos
são de luz lunar
e onde
depois de redescoberta
a geografia do
corpo
o silêncio de seremos
inteiramente
cisnes
nos canta
aquela nossa canção
nós
poemas de asas
brancas
em paisagens a
começar
cantamos também
com a voz do
olhar
Soares Teixeira – 12-01-2015
(© todos os direitos reservados)
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