Ah como era
nossa
a alta claridade
das vinhas do delírio
nua como um sol
estavas
dentro do
movimento
os braços em
arco de lentidão
abriam as
pétalas da flor em conquista de espaço
e a cintura era
o pássaro da dança
tigre como um
relâmpago
eu era
a extremidade
da luz
e os meus
membros amavam o desejar-te
por isso intermináveis
colunas de fogo
erguiam-se do
meu mais íntimo chão
depois
o mosto
o sermos o som
das cores gritadas
o sermos
humanos
o
estendermo-nos em unidade
na celebração
da chama
Ah como era
nossa
a liberdade
Soares Teixeira – 21-01-2015
(© todos os direitos reservados)
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