Uma cúpula
sem tempo de
construção
um horizonte
na manhã dum
lírio
um braço
estendido
na folhagem dum
grito
chamo-te
os meus lábios
são
ânforas em
fundos marinhos
asas possuídas
pelos espaços
e a minha voz é
o que resta do
corpo
o que sobra da
luz
rosa aberta no
labirinto
água a respirar
caminhos
o que fica depois
do sangue
o que permanece
para lá do ar
purifico-me
nesta praia
que é querer-te
dispo-te de
movimento
e em mim somos
a nova
ondulação
dos nossos
nomes
Soares Teixeira – 22-10-2014
(© todos os direitos reservados)
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