O vento assobia no interior do vento
que dança à volta do navio incompleto que sou
observo-o
escuto-o
enquanto caminho no luar da hora
às vezes sinto-me árvore que se intromete no horizonte
outras vezes horizonte com os sapatos rotos
Vejo-me nos olhos cansados de me imaginar
água e canal por onde a água corre
e aquilo que é irrigado é o pomar da casa da ilusão
e não encontro nenhuma porta a que possa bater
ninguém que me escute
nenhum conforto para a minha via láctea
Só o vento…
Só o vento…
Soares Teixeira – 13-11-2016
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