Belo
ver o mundo escrever
com a voz vertical das rosas
lá no alto, bem no alto
numa ardósia de astros
a palavra “Paraíso”
Belo
sentir na nervura das manhãs
a Terra ser prodígio
com vértebras de claridade
Belo
o íntimo inexplorado do mistério
com que os gatos olham o espaço
a canção branca da espuma do mar
sobre a sonâmbula superfície das rochas
a doçura do azul no espanto de uma criança
Belo
Soares Teixeira – 17-11-2016
(© todos os direitos reservados)
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