Mãos abertas à saudade
de termos sido árvores
a crescer num chão só nosso
e que fazíamos renascer
mãos abertas à saudade
de termos sido ondas
em arqueados sussurros
de violenta e aveludada nudez
mãos abertas à saudade
de termos sido
tempo liberto do tempo
e espaço liberto do espaço
mãos abertas a esta chuva
de saudade
que refresca a face
e sacia a sede das rugas
Soares Teixeira – 06-04-2016
(© todos os direitos reservados)
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