As minhas portas
abertas pelas palavras
do horizonte
e pelas mãos das distâncias
que crescem com o vento
e pelo mar
opulento reino de insondável sede
As minhas portas
abertas pela resina a deslizar
em árvores antiquíssimas
que transportam pelos espaços
cânticos de tempos
em que a verdade
vivia nas asas dos pássaros
As minhas portas
escancaradas
a barcos que assombram relâmpagos
a sonâmbulas gotas de orvalho
que deslumbram montanhas distantes
a búzios
consagrados a ilhas transparentes
As portas do meu corpo ausente
no dorso de cavalos alados
vão………. ..deixá-las ir
do peito
fica o olhar-te
e o ser-te oferenda
Sol
Soares Teixeira – 26-07-2015
(© todos os direitos reservados)
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