Cresço na pergunta que te quero fazer
rapto-te da tua órbita
encosto-te a um planeta ignorado
e sussurro-te ao ouvido:
Como queres que te chame?
centelha de silêncio, ebriedade,
manhã do desejo, amante,
musa, fêmea dos seios fulgurantes,
ou sacerdotisa?
Mordes-me os lábios
consinto ser fruto acabado de colher
abraças-me
sou riso de ser onda a nascer dos espaços
rimo-nos da nossa carne transparente
libertamo-nos de tudo o que dos outros há em nós
Iniciamos a nova era do relâmpago?
perguntas-me
Sim Lua sim e como te chamarei?
olhas-me nos olhos
unidade
neste novo planeta apenas por nós habitado
Chama-me poetisa
Soares Teixeira – 11-06-2014
(© todos os direitos reservados)
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