A poesia é para abrir o vento
de par em par
fazendo voar portas e portadas
e libertar o peito
nos pátios de todas as moradas
a poesia são olhos abertos
sobre um silêncio musical
e dedos de sal
estendidos
sobre os lábios de todos os rios
sobre as veias de todos os desejos
sobre o além de todo o aquém
a poesia aparece
na primavera de um astro
no pássaro com respiração de sereia
na flor da palavra nua
a poesia nasce
do instante vivo da viagem
a um espaço encantado
onde vibra
o sopro de um sol sonhado
Soares Teixeira – 14-05-2014
(© todos os direitos reservados)
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