Há poemas que são praias onde costumo ir
caminho na areia vejo o mar sinto as aves
estendo as mãos ao Sol
deslumbro-me espreguiço-me desdobro-me
às vezes sou navio outras arquipélago
É bom ter poemas assim
praias para andar por ali
por aquele chão tão meu tão secreto tão real
andar por ali a ser livre a ser eu
até à matinal frescura da última palavra
Soares Teixeira – 07-01-2014
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