Onde
senão na intimidade do céu
encontramos a cor do sonho?
Onde
senão na espera dos horizontes
encontramos o nosso caminho?
Onde
Senão no absoluto das flores
encontramos a voz do alento?
Sentir…
até ao tecto de nós mesmos
e não achar tecto
mas outro céu
outro horizonte, outra flor
Sentir..
para lá da sabedoria do silêncio
e achar desejo
em ser vento
anterior às rochas
Sentir…
início a atravessar distância
sede sem nome
respiração intacta
de raiz inaugural
Leve
a palavra habita a casa
Leve
a palavra ondula no rio
Leve
a palavra prolonga
Ser caminho que se questiona
Ser certa incerteza
Ser além em qualquer olhar
Ter por casa um rio
e nele navegar
pensar
Soares Teixeira – 26-12-2013
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