Em noites de Lua cheia
transformo o instante numa caixa
onde guardo o tempo
sento-me sobre esse fácil ilimite
molho bolachas de certeza
em leite de dúvida
e como-as muito devagar
assim…
alimentando o embrião
de um ser por acontecer
recomeço-me cá dentro
e no meu corpo cresce um universo
e no meu sangue abrem-se pupilas
e nas minhas veias vibram pétalas e asas
leve…
entrego-me àquele que estou a gerar
filho e pai
da palavra e da unidade
do princípio e do fim
depois renasço-me
alfa e ómega de mim
Soares Teixeira – 08-11-2013 – 12h:56m
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