domingo, 10 de maio de 2009
Feira do Livro
Há livros que são quase seres humanos. Há livros que nos tornam mais humanos. Há seres humanos que são quase livros. Há seres humanos que nos tornam mais livro, mais biblioteca, mais horizonte. Hoje, na Feira do Livro, ao olhar para os stands das editoras e para as pessoas, senti isso mesmo. Havia festa nos olhares e nos gestos. As pessoas olhavam contentes para os livros e o simples pegar neles era um acto de felicidade. Os livros também me pareceram bastante felizes por poderem ver tanta gente e tocar em tantas mãos. Quando cumprimentei Luís Sepúlveda, depois de ele me ter autografado uma das suas obras, senti brotarem-me palavras nas pupilas. Enquanto observava Malangatana fazendo um desenho num livro que lhe pedi para autografar sentia-me na cauda dos gestos do Mestre. Quando encontrei amigos falámos a sorrir, como quem abre páginas no peito, e com isso se sente mais humano. É bom este sentimento e nem sequer pensar porquê. Civilização.
Soares Teixeira
TERNURA - DAVID MOURÃO FERREIRA
TERNURA Desvio dos teus ombros o lençol, que é feito de ternura amarrotada, da frescura que vem depois do sol, quando depois do sol não...

-
PENSAR POESIA de Soares Teixeira Editorial Minerva ISBN: 972-591-281-0
-
Os dez Cantos de "OS LUSÍADAS" num só vídeo. Leitura de Soares Teixeira.
-
Poema "ROMANCE DE UM FILHO DE EMIGRANTE", de Mendes de Carvalho dito por Soares Teixeira