quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

"OS LUSÍADAS", CANTO I - LUÍS DE CAMÕES

 

"OS LUSÍADAS", CANTO I




Canto I

 

A Obra começa com a Proposição, (elemento introdutório, com apresentação do tema e dos heróis), segue-se a Invocação (Camões invoca as Tágides – ninfas do Tejo – pedindo-lhes inspiração para a sua escrita), e em seguida a Dedicatória (Camões dedica “Os Lusíadas” ao Rei Dom Sebastião). Tem então início o começo da Narração, a meio da história (a Armada de Vasco da Gama já se encontra no Oceano Índico, mas ainda não alcançou a Índia) - técnica literária denominada In medias res (latim para "no meio das coisas").   

A acção vai para o plano dos deuses. É convocado o Consílio dos Deuses do Olimpo para que se decida se a Frota Lusa poderá ou não atingir seu destino. Júpiter mostra-se favorável. Baco opõe-se, porque isso significaria que as suas próprias façanhas no Oriente seriam esquecidas. Vénus, porém, sente que será celebrada pelos portugueses uma vez que vê neles os herdeiros dos seus amados romanos, por isso apoia firmemente o propósito da Armada Lusa. Depois de uma discussão entre os deuses em que Marte, vigoroso, toma partido de Vénus, Júpiter mantém o seu parecer e dá o Consílio por terminado.

A acção volta à Armada de Vasco da Gama, que aporta à ilha de Moçambique. Aí são recebidos por muçulmanos, que, tementes do poder das naus, prometem fornecer mantimentos e um piloto que leve a Frota à Índia. Contudo as intenções dessas gentes são bem diferentes. O Rei muçulmano, inspirado por Baco, que encarnara num dos seus conselheiros, quer a destruição da Frota. Segue-se uma luta, no decurso da qual a cidade é bombardeada pelos portugueses. Rendição do regedor que então oferece um piloto aos lusos – segundo estratagema de Baco – com a intenção oculta de os levar para terras hostis.

Vénus, zelando constantemente pelos portugueses, apercebe-se das artimanhas de Baco, e mantém a Frota segura ultrapassando-se assim os perigos do primeiro porto. O segundo será Mombaça em cujas águas a frota lança âncora. O canto termina com uma meditação moral, antecedida por duas estrofes de suspense.



 



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