Tenho os meus recantos de alma
a eles me recolho
como se voasse dos meus lábios
para ser outro
não este
outro
com asas de chamamento
grandes asas onde os espaços se alargam
até onde a luz recita amanheceres
É bom ter dentro de mim
lugares assim
onde eu possa descansar
na margem do meu rio
uma pausa
nos dias de óxido de zinco
em que a raíz do canto
está debaixo de uma pedra
Soares Teixeira – 17-01-2017
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