Tremias
eras frio e
chuva
tinhas uma
palavra
à beira do
lábio inferior
beijei-te e
bebi-a
a palavra era
dor
disseste-me
sempre
que fui o
melhor
que te
aconteceu
nunca te disse
nunca soubeste
como estava eu
só
veias sem
pássaros
dedos sem
árvores
pálpebras sem
mar
só
palavra de
bronze
a pesar no
silêncio
tanto
como se um
passo
fosse o de um
cedro
e a palavra era
digo-te agora
dor
Soares Teixeira – 10-09-2014
(© todos os direitos reservados)
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