Fotografia : © Magdalena Szurek
e as suas asas partem o pão do horizonte
e o seu bico ergue o cálice cheio de azul
e bebe-o com o olhar
Os caminhos chamam-no pelo nome
e debaixo da sua poeirenta pele de búfalo
a sua carne possui a noite e o dia
e os passos possuem o zodíaco da palavra
Os outros chamam-no pelo nome
e as suas sandálias de ermita ouvem essas vozes
e no seu peito abrem-se gavetas de móveis rústicos
e nos seus lábios há sorrisos atrás de ameias
o poeta
Soares Teixeira – 02-02-2014
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