quarta-feira, 17 de maio de 2023

"OS LUSÍADAS", CANTO VIII - LUÍS DE CAMÕES



"OS LUSÍADAS", CANTO VIII





Canto VIII

Paulo da Gama, e depois Vasco da Gama, explicam ao Catual o significado das pinturas que estão no interior da nau. Entretanto o Samorim pede para que se examinem os augúrios. A previsão transmitida ao Samorim é de que os portugueses viriam dominar toda a Índia, o que é confirmado pelos conselheiros islâmicos do soberano, a quem durante a noite Baco aparecera em sonhos fazendo-se passar por Maomé dizendo-lhes que os portugueses eram piratas e que a frota deveria ser destruída. No dia seguinte, em que o Samorim terá de decidir entre as vantagens de firmar tratado com os portugueses e as previsões da noite, manda chamar Vasco da Gama e acusa-o de ser um apátrida e praticar a pirataria, instando-o a confessar toda a verdade. Vasco da Gama reafirma as suas intenções honradas e o Samorim manda-o em liberdade, com autorização para negociar. Contudo o ministro indiano, instigado pelos islâmicos do reino, toma o Capitão como refém e tenta que este ordene a aproximação da frota afim de que esta possa ser destruída. Ao ver falhar o seu estratagema, com receio de castigo por parte do seu soberano, por estar a ir contra as suas ordens, e aspirando ao o lucro, aceita na troca de Vasco da Gama por mercadorias das naus portuguesas.

 


"OS LUSÍADAS", CANTO VII - LUÍS DE CAMÕES



"OS LUSÍADAS", CANTO VII




Canto VII

Este canto inicia-se com o elogio da nação lusa na luta contra os muçulmanos, quando comparados os seus feitos com os das outras nações. Depois de aportar em Calecute Vasco da Gama envia um mensageiro ao rei. O mensageiro encontra entre a multidão Monçaide, um mouro que falava castelhano, que o vai acompanhar e servir de tradutor. Mais tarde Monçaide acompanha o mensageiro até à frota lusa e fala aos portugueses sobre a história, geografia, política, religiões, usos e costumes da Índia. Vasco da Gama e Monçaide encontram-se com um ministro – Catual – que os conduz até ao Samorim. No fim do Canto VI Camões diz sentir faltar-lhe a inspiração e fala um pouco de si lamentando revoltado com a forma como a sua pátria o tem tratado.


"OS LUSÍADAS", CANTO VI - LUÍS DE CAMÕES


"OS LUSÍADAS", CANTO VI


 


Canto VI

Terminada a narrativa de Vasco da Gama ao Rei de Melinde, bem como os festejos que este oferece em honra dos portugueses, a armada, guiada por um piloto disponibilizado pelo Rei de Melinde, prossegue a viagem, rumo a Calecute. Baco, furioso com os sucessos da frota lusa, vai pedir ajuda a Neptuno. Os deuses marinhos (ao contrário dos deuses olímpicos) manifestam-se contra a armada e ordenam a Éolo que solte os ventos para a afundar. Entretanto, os marinheiros de vigia conversam despreocupadamente e pedem a Veloso para lhes contar uma história. Este conta-lhes a história dos Doze de Inglaterra. Surge uma violentíssima tempestade por intermédio dos deuses marinhos. Prece de Vasco da Gama à Divina Guarda. Vénus, alarmada e irada, vai de novo em socorro dos portugueses enviando as ninfas para seduzirem os ventos, acalmando-os, protegendo assim a frota. A tempestade passa. Vasco da Gama ajoelha e agradece a Deus. A frota avista Calecute. O canto acaba com Camões a tecer considerações sobre o muito que vale a fama e a glória quando conseguidas através dos grandes feitos, e a criticar aqueles que buscam fama, glória e fortuna recorrendo a intrigas e valendo-se dos favores de quem tem poder.


terça-feira, 16 de maio de 2023

"OS LUSÍADAS", CANTO IV - LUIS DE CAMÕES


"OS LUSÍADAS", CANTO IV



Canto IV

Vasco da Gama continua a narrar ao Rei de Melinde a história de Portugal, agora com a Segunda Dinastia - desde a Crise de 1383-1385 até ao reinado de Dom Manuel I e ao momento em que a sua frota sai de Lisboa com destino à Índia.


"OS LUSÍADAS", CANTO III - LUÍS DE CAMÕES

 

"OS LUSÍADAS", CANTO III




Canto III

Depois da invocação a Calíope (Musa da Poesia Épica), Camões, dando a palavra a Vasco da Gama, narra o que este contou ao Rei de Melinde, começando pela a geografia da Europa e passando depois para a Primeira Dinastia (que se estende até ao Canto IV). Entra-se no tempo histórico na estância 23 com o Conde Dom Henrique (Dijon, 1066 — Astorga, 12 de Maio de 1222) que foi conde de Portucale ate à sua morte. 


"OS LUSÍADAS", CANTO II - LUÍS DE CAMÕES




"OS LUSÍADAS", CANTO II







Canto II

Pretendendo que os portugueses caiam numa cilada, o rei de Mombaça envia um mensageiro a Vasco da Gama pedindo-lhe que a Armada lusa entre no porto, prometendo bom acolhimento em terra. Cauteloso, Vasco da Gama envia dois degredados à cidade. Ludibriados pelos muçulmanos e, novamente, por Baco, os enviados do Gama dizem que não há perigo em Mombaça. O invés disso a Frota lusa vê-se em grandes apuros. Vénus interfere novamente, com a ajuda das Nereidas, impedindo a desgraça para os portugueses após o que vai rapidamente do mar aos céus. Apresenta-se diante de Júpiter em grande sensualidade, encanto, sedução e usando de apurada arte de convencimento. Em lamentos queixa-se ao rei dos deuses dos enormes perigos que a Armada Portuguesa está a correr. Júpiter, cedendo aos seus rogos, abraça-a com ternura e tranquiliza-a, dizendo-lhe que os fados já destinaram aos portugueses grande sucesso e glória. Enquanto isso, Júpiter envia Mercúrio para que este avise Vasco da Gama da existência de Melinde, onde um rei lhe dará aquilo de que necessita. A frota dirige-se para Melinde onde é muito bem recebida. Muito generoso, o rei de Melinde disponibiliza ao Gama provisões e piloto para a viagem até à Índia. Mais tarde o rei vai bordo da nau capitânia e pede a Vasco da Gama que lhe conte sobre aquela sua viagem mas que antes disso lhe fale Portugal.


 

segunda-feira, 1 de maio de 2023

"ESPERANÇA" - SOARES TEIXEIRA

 

 ESPERANÇA

 
 
Uma palavra
Maníaca por jogos
De cabra-cega e decifrar
Pega-me na mão e leva-me
Para fora do gradeamento dos minutos
 
Atordoado
Vejo o meu olhar reflectido
Num espelho que é um rio vertical
Onde peixes sobem e descem
E me observam intrigados
 
Não me atrevo
A sair daquele lugar
Onde me sinto infinito
À procura de qualquer coisa
Que não sei o que é
 
Chamo...
Uma palavra, e outra, e outra
E cerro as pálpebras e os punhos
E vou tentando adivinhar
Até que me faço relâmpago e grito
 
Esperança!
 
Peço desculpa à flor
Esmagada na minha mão já aberta
E ela
Que também sou eu
sorri
 
Ouçam-nos gritar os dois:
Esperança!
 
 
Soares Teixeira – 01 de Maio de 2023
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