Canto VIII
Paulo da Gama, e depois Vasco da Gama, explicam ao Catual o significado das pinturas que estão no interior da nau. Entretanto o Samorim pede para que se examinem os augúrios. A previsão transmitida ao Samorim é de que os portugueses viriam dominar toda a Índia, o que é confirmado pelos conselheiros islâmicos do soberano, a quem durante a noite Baco aparecera em sonhos fazendo-se passar por Maomé dizendo-lhes que os portugueses eram piratas e que a frota deveria ser destruída. No dia seguinte, em que o Samorim terá de decidir entre as vantagens de firmar tratado com os portugueses e as previsões da noite, manda chamar Vasco da Gama e acusa-o de ser um apátrida e praticar a pirataria, instando-o a confessar toda a verdade. Vasco da Gama reafirma as suas intenções honradas e o Samorim manda-o em liberdade, com autorização para negociar. Contudo o ministro indiano, instigado pelos islâmicos do reino, toma o Capitão como refém e tenta que este ordene a aproximação da frota afim de que esta possa ser destruída. Ao ver falhar o seu estratagema, com receio de castigo por parte do seu soberano, por estar a ir contra as suas ordens, e aspirando ao o lucro, aceita na troca de Vasco da Gama por mercadorias das naus portuguesas.