Um aroma a
casca de laranja
foi tudo o que
sobrou
dos frutos que
fomos
Respirávamo-nos
em planície de
princípio
deitados no
chão
sobre a relva
de peito deslumbrado
com o vértice
que havíamos sido
E porque éramos
imensos
a terra renascia
da nossa nudez
em expansão
e os céus
tornavam-se residência
de deuses
assombrados
com o infinito
que voava
da nossa solar
satisfação
Soares Teixeira – 23-02-2015
(© todos os direitos reservados)