A lâmpada e a rosa
acesas as duas
na palavra que
voa
entre a folhagem
dos lábios
Depois a dança
dos ventres
florescentes
incandescentes
num estremecer
de matéria
e caules de
delírio
Pássaros no
sangue
mantêm a
vertigem
e ao som
do carnal instrumento
gemem-se hinos
de louvor
ao puro prazer
de abrir
horizontes
em crescente
amplitude de
volúpia
e veemência de
falésia
erguida em fantástico
êxtase
tudo à volta
são sílabas suspensas
aos amantes
importa apenas
o tambor do
sexo
Soares Teixeira – 22-02-2015
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