A NATÁLIA CORREIA
(no dia dos seus 100 anos, e sempre)
Ela olha-nos, feita de fotões,
Com um olhar sempre mais adiante,
E com gestos de lonjura cantante,
Mostra-nos o inverso das ilusões
Diz-nos que a esperança são embriões
Onde a nossa raiz é tripulante
Do barco onde o além é diamante
Que espera o sermos mar e vulcões
Os ares e as pombas que a respiram
São hortênsias de hora a acontecer
Em manhãs de onde pérolas se atiram
E palavras aladas vêm viver
No nosso eixo, e com ele giram,
Dando-nos força para amanhecer
Soares Teixeira – 13 de Setembro de 2023
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