Lá
bem alto
no tecto da saudade
há mortos que florescem
nas árvores do peito
e aos lábios
chega um sabor a tempo antigo
tão forte
que apetece fechar as pálpebras
e ser espaço
onde os abraços se libertem
da improbabilidade de acontecer
o vento da memória…
para onde ele nos pode levar
ah… quando a distância toca no ombro
e diz que não existe
Soares Teixeira – 02-11-2017
(© todos os direitos reservados)
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