Aqui
no Paraíso
o ar é a redoma
onde vou sendo aberto
pelo horizonte
Se eu posso
sentir na boca o vermelho das papoilas
e acenar a navios fenícios
e libertar poemas das suas origens
é porque ele existe
o ar
É bela
a presença dos dias
na leveza do ar
O ar? Que milagre é esse?
perguntam mundos por esse universo fora
Ah… se eles ouvissem o choro aceso
de uma criança acabada de nascer!
Soares Teixeira – 20-11-2017
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