O prazer
de não mutilar a luz do sonho
de não arrancar a relva dos astros
de não separar os ritos dos promontórios
O prazer
de escutar a voz do trigo
de encontrar abrigo no vento
de ser leme de água e canto
O prazer
de procurar dentro dos penhascos
a árvore que habita no exílio do peito
e o sol que é ilha no mar de um verso
O prazer
de ser dúvida na curva da estrada
e parar para beber leite da vaca translúcida
e prosseguir… sem ruído nas asas…
Soares Teixeira – 19-06-2017
(© todos os direitos reservados)
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