Quando o frio nos escolhe
para fazer ninho na alma
ficamos a habitar um quarto
feito de sussurros, agulhas e humidade
e a nossa matéria é côdea de pão antiga
esquecida debaixo de um aparador
Dentro do abandono
aquece o som de um grilo entre folhas secas
a ancestralidade do Sol e do mar
o olhar digno de uma árvore que se ergue em honradez
Saudade
do tempo em que os palhaços faziam rir
Soares Teixeira – 08-12-2016
(© todos os direitos reservados)
Sem comentários:
Enviar um comentário