Um
dia
sem
mais proa no olhar
os
braços tombarão
como
dois mastros vencidos
e
nenhuma balsa
para
o derradeiro gesto
nada
ar ausente da boca
frio em todos os tectos do corpo
pêndulo inerte
apenas o resto
o nada
onde os segredos do vento
onde o perfume do Sol
onde o cântico dos dias
no rosto que já não é vinha?
e nem uma pergunta muda dos
astros
nada
Soares Teixeira – 03-07-2016
(© todos os direitos reservados)
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