O universo escreve-se
continuamente
para nunca ser decifrado
os homens
fazem rufar os seus tambores
e disparam espanto e conquista
mas as suas setas
ficam sempre aquém
o tempo aplaude
a distância grita
a luz vai
equações demonstrações
deduções dissertações
sucedem-se
nas asas de insectos
em núpcias com o sonho
e sempre um poema
no pólen do enigma
Soares Teixeira – 05/08/2012