domingo, 6 de maio de 2012

"LUA" - Soares Teixeira





Lua
com o rosto encostado ao teu
sou um garanhão a galope
neste abandono de mim
para ser sangue do nosso corpo
Juntos entramos pela fenda do silêncio
como duas flores a caminho do exílio
e em nós cai o pólen do infinito
Leves são os ventos onde nos roçamos
límpidas são as luzes que nos observam
lento é o orvalho do tempo
que desliza nas nossas pétalas
Lua
fio de sonho com que me visto
luxúria abençoada pelos astros
boca que me beija e me transfigura
coxas que são morada
do arado que sou
na planura do nosso segredo
Amo-te!



Soares Teixeira

A NOITE - LUÍS MIGUEL NAVA

  A NOITE A noite veio de dentro, começou a surgir do interior de cada um dos objectos e a envolvê-los no seu halo negro. Não tardou que...