Sozinho
na fronteira do seu próprio ser
num silêncio de promontório e mar
com pupilas de herança e futuro
Henrique
Infante
de um navio chamado Portugal
recebeu o pão azul do horizonte
o vinho da pura força
de tudo o que é incerto
e da praia do seu peito
uma imensa pálpebra abriu-se
a viagens por acontecer
Soares Teixeira