Uma raridade aconteceu: vi televisão. E ainda bem. Acabei de assistir a "Ma Nuit Chez Maud", um belíssimo filme exibido pela RTP2. O narrador, um católico devoto vai para uma cidade de província e apaixona-se. Uma história que poderia ser banal mas que a soberba interpretação e magistral realização de Eric Rohmer tornaram num filme absorvente. É necessária muita mestria para Rohmer na sua obra intimista e com marcado acento filosófico explorar a natureza humana de forma tão superior. São muitos os diálogos, muitas as palavras, mas o público revê-se naquilo que vê e rende-se ao grande realizador, que faleceu em Paris na segunda-feira passada aos 89 anos.
Soares Teixeira
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