no rasto sem
destino de uma cauda de pavão
ia o olhar das
ruas por ela enamoradas
caminhava como
se todo o corpo fosse a ebriedade
que as luzes da
noite procuravam
de todas essas
luzes as mais intensas eram os desejos
de todos esses desejos
o mais intenso o do amante inventado
por ele que
jamais chegaria caminhava para eles
os mesmo de
sempre iguais diferentes só na anatomia
não se sentia
infeliz porque quando era possuída possuía
ela era a posse
mas para ter esse poder tinha de se fazer desejar
pelo amante
inventado
o que lhe dava o
maior sustento alento para sobreviver
Soares Teixeira – 17-04-2015
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