Luar pleno em ar
de êxtase
e uma espada de
sede
a vencer fantasmas
de distância
o meu nome é
mar
o meu gesto é
de navio
o meu caminho é
beber-te
claridade
anterior à asa
e à pérola
claridade
anterior à
flauta e ao silêncio
claridade
do suor sideral
e da seiva de
infinito
claridade
no amanhã do
pássaro
e na pedra
entregue ao grito
claridade
a oscilar nas
árvores
claridade
a inundar as
bocas
desejo pleno a
crescer em mel
flor de nuvem
no vulcão das
veias
o meu instante
és tu
puxo-te e
guardo a arma no olhar
vem!
a hora é de exílio
no incêndio
Soares Teixeira – 04-12-2014
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